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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

MONENTO LITERÁRIO

De volta ao ROMANTISMO


O século XIX trouxe para o Brasil e o mundo um momento de magia,sonhos,paixão e libertação.
Liberdade é a palavra que melhor carateriza o estilo e o espírito romântico.
Liberdade de expressão formal,liberdade de expressão da subjetividade,dos sentimentos,da imaginação criadora e do sonho.
O Romantismo surgiu num contexto histórico,posterior a duas revoluções que legitimaram o poder burguês:A Revolução Industrial (1788 Inglaterra) e Revolução Francesa (1789).
Neste contexto fundamentado na crença,na capacidade do homem,nos ideaia de liberdade,igualdade e fraternidade,acontece também uma revolução nas artes.A esta revolução de origem inglesa e alemã damos o nome de Romantismo.




REPRESENTANTES DO ROMANTISMO NO BRASIL



* Gonçalves de Magalhães Suspiros Poéticos e Saudades (1836).Foi a obra que introduziu o Romantismo no Brasil.

* Gonçalves Dias
*Alvares de Azevedo
* Junqueira Freire
* Cassimiro de Abreu
* Fagundes Varela
* Castro Alves
* Joaquim de Sousa Andrade (Sousândrade)
Casimiro de abreu
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

Como são belos os dias
Do despontar da existência!
- Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar - é lago sereno,
O céu - um manto azulado,
O mundo - um sonho dourado,
A vida - um hino d'amor!

Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!

Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minhã irmã!

Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
- Pés descalços, braços nus -
Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!

Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
- Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
A sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!

Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br
Canção do exílio



Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar –sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.


De Primeiros cantos (1847)

Gonçalves Dias

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Português/Inglês pela Uni-bh. Especialização em Língua Portuguesa Larga experiência no ensino 1o e 2o graus.

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